domingo, 23 de novembro de 2008

Elocução futurista


Ah! Os homens ainda acreditam que palavras dizem alguma coisa?
Ainda acham que os livros são fonte de sabedoria?
Vocês, sóis cadáveres, acham que podem mudar percursos com simples frases?
O acaso deixou de existir e o inesperado encontra-se léguas daqui.
Acordem para a vigência,
Não se nota mais o orvalho, nem o barulho da chuva antes de dormir.
Acabou a textura, o sabor foi destruído pelas pílulas, já não se beija.

Esqueçam, homens de aço, a nostalgia, as memórias e o desconhecido.
Agora, tudo é desconfiança e desimportância.
Querem dizer algo, não digam – será mau interpretado.
Visam sinceridade, pois então mintam – as lágrimas já não caem mais.

O sangue pelo ferro, o desejo pelo cálculo, o efêmero pelo tácito.
Amargam ainda as lembranças, mas basta contar os segundos de um relógios de cozinha.
Calma! Logo passa. A vida tornou-se assim.
Lucas G.

2 comentários:

Juliana Romano disse...

Lindo texto Lu... Triste, porém mais real impossivel... viva e seja feliz, ai ai ai sinto falta disso nas pessoas sabia... By the way... talvez algumas pessoas ainda derramem lágrimas..........

Lucas Galati disse...

Preciso encontrá-las!
=)