domingo, 30 de novembro de 2008

Sentir-se comum, finalmente... (ou Robótica)

Não estava só.
Minha voz saiu e
disseram,
Eu gritei e, logo após,
urraram.

Uníssono
Conexo e
Conciso.
Quanto à mim?
Pasmo aquilo tudo que via.

Sentiam
o mesmo.
Interpretações
idênticas - meu abraço coletivo.
Não queria a razão,
mas sim convecimento.
(Eu o tive.)
Não queria o entendimento,
apenas o inaceitável.
(Eu também o tive.)

Mistura salobra de efeito rápido,
errante, ulula nas veias de um adolescente amargurado.
Eu precisava,
eu preciso.


Será o aço já tão inerente?
as epifanias já não vinham,
os semelhantes
teciam e afastavam-se
com o usual,
com a rotina -
aquele cansaço.

E quem será que pode falar?
Será que se chamar bem alto,
alguém encontra?
Incompreensão e orgulho.
Existência e vetos.
Corre bem longe a toda sorte.
Repete,
Confunde,
Inverte e
Espera.

Como disseste.
“Encontrou-se a amizade perfeita”.
E isso vai longe, pois no início, o oposto pouco atrai.
Porém, em breve, se forma e quando isso ocorrer,
a máscara já estará no chão, o tempo triplicado,
E as lágrimas marcando a pele.

Escolhas, para alguns, minutos.
Mudanças, nos segundos.

Incrível e incrédulo.

Vê-se ao longe o segredo da garrafa:
Psiu! Esse aí não é você!

Lá , distante , uma voz feminina é ouvida:
- Diz que você é assim agora! Está na página 128, lembra?

Lucas G.

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