quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Engoles ácidos


Engulo a seco para dizer,
sou daqueles que sinto e depois paro.
Nunca o contrário.
Sou sentir das têmporas ao Aquiles.
Perambulo, anoto frases, expressões,
trejeitos e estímulos.
Escrevo por que amo,
escrevo por ódio.
Não sigo linhas,
sou raiva,
paixão, desgosto,
conformismo.
Sou um crápula e um príncipe,
transito na dualidade inquieta,
em busca de um tão vago entendimento.
E dessas frias páginas virtuais
encontram-se um pouco das maiores
inquietudes de uma jovial vida paulistana.
À mim, admito que o sofrimento não é tanto,
diria que o mesmo.
Não se mede o sentir, o vive apenas.
Porém asseguro que o incito e o almejo,
pois com ele não destruo
um dos maiores prazeres de minha vida - escrever.


Lucas G.

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