
Não sei explicar,
mas foi mais ou menos assim:
Sem os olhos,
o homem viu mais e
fez de tudo aquilo ao seu redor,
um mapa – seu mapa.
Encontrou na sombra
do indescritível a chave para
um dos mais perfeitos relatos
humanos.
Fez de seus passos,
marcas cautelosas
e do desconhecido uma rota
para o final do arco-íris.
Quando aquele homem,
entendeu que olhos
eram complementos ,
doses extras ao ludibriante
equilíbrio,
fez dos cheiros, sintomas,
da natureza, redoma
e da cidade o abaixar a cabeça
de todos os dias.
Entendeu que só poderia
se entender sem seus olhos,
pois o mundo já não teria a
mesma graça se não imaginado,
se não personificado, se não seu.
Uma semana.
termino um livro, olho verde, cheiro fumaça,
tiro fotos, me sinto , sou sentido,
e aceito gostar.
Gostando, entende-se o sentir.
E das nuvens faz-se terra batida,
terra pisada.
Os pulsos cessam, e o sempre muda de nome.
Permitindo, fez-se existir e o mais feio
tornou-se belo.
Nesse instante, se ouve nos gritos de Elis, o dúbio:
“Que há algum tempo era novo, jovem ,
Hoje é antigo e precisamos todos rejuvenescer...”
Não era, jamais foi.
Mas , hoje, declaro-me feliz
com a indecisão de ser humano.
Tudo em uma semana e
mais cego do que nunca.
Lucas G.
Lucas G.
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