sábado, 20 de dezembro de 2008

Intransponível covardia


Tudo dissonante,
um desequilíbrio entre membros
e vísceras;
um turbilhão de emoções
que chega apenas até
as falas sozinhas de dentro
do banheiro.

Anseio, porém sou
homem de pés de ferro.
As metamorfoses já não mais me atraem,
ao contrário , as desacredito.

Sou um,
mas um dos tantos.
Dos chatos,
Dos belos,
Dos vagos,
Dos tantos enganos.

Dessa vida teatral,
em que evidências
e razões estão no prato de cada dia,
engulo-as acompanhadas por justificativas e junto
ao molho de ponderações .

Mais que retórica incrível! – acerca os próximos descabidos,
dos leigos ignorantes.
Contudo , mais uma vez, tocam a campainha,
o gato puxa a toalha da mesa da cozinha
e um prato quebra.
Lucas G.

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