segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Erradicado



Talvez, te perdi em minha maior indagação.
Você apareceu com mesmo nome,
mas de outros olhares.
E despertou uma vontade tão esquecida:
A de conhecer.

Fez eu relembrar a ânsia de um encontro
- o sabor inesperado arrancado de mim.
Você rasurou minha cabeça,
Rabiscou e infringiu meus dogmas,
E duma noite e de repente.

Foi você quem me olhou,
você quem fez eu me contentar com um reflexo ofuscado,
esquecido e apagado.
Você instaurou um começo,
e não pensou em finais.
Deixou-me com o sabor de uma vírgula
e um cheiro de interrogativa
- Há quanto fazia...

Sua destreza e simpatia fizeram-me desejado,
Sua forma , sua maneira foi meu copo cheio.
Copo este que há muito vazio permanecia.

Porém, sou vagaroso,
Sou aquele que teme as palavras,
as letras, eu erro sentidos.
Sou alguém que desacredita,
Que inibe e que inverte.

Sou imperfeito como tantos,
Sou temeroso como todos,
Mas fui querido como poucos.
Talvez , numa noite ...
Quem sabe , mudanças.
Mas fui , e á mim isso basta.

Foi você que no sol de um outro dia
Fez eu deixar a rasura e virar desenho
-Surrealista, impreciso,
mas afogado em tantas vontades.

Obrigado...

Lucas G.

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