Queria provocar, mas ter suas respostas.
Estímulos diários, mas não somente unilaterais.
Havia se acostumado aos tantos.
Queria o novo, o surpreendente.
Por outro, sonhava em saber aonde pisava,
Conhecer todas as curvas, cada meandro. Trejeitos.
Ela queria ouvir coisas. O tempo todo.
Queria o fim dos sonhos. Apagar tão insoso limiar.
Sentir o prazer despreparado, mas a gastura de saber que este viria.
O fim entre etéreo e terreno.
Acalmar-se frente o outro, pois conhecia os passos.
Delimitaria assim, perfeitamente, as raivas. Os traumas.
Ela ansiava mudanças. Sentiria o sabor de orgulho delas.
Mudanças sem vetores,
Desproporcionais e
Tão deles.
Mudanças difíceis, porém palatáveis.
Entendeu-se e agora ela realmente deitaria. Dormiria.
Os recortes do passado acabariam, pois tinha um segredo.
Um segredo que alguns trespassavam vidas e nada encontravam.
Quando pudesse tudo isso sentir. Só assim, descobriria que, entre muitos.
Entre todos. Ela conseguira.
Fecharia os olhos e com sossego, sentiria uma chave lá no fundo do bolso.
Chave dada por ele, outra troca justa. A mais, talvez.
Teria esse jogo seu fim. Pois ambos com suas chaves teriam o código de abertura da caixinha.
Caixinha apelidada por eles de “recíproca” -
Nome que gostavam de pronunciar.
Daí então, dormiriam e sonhariam com a vida que tinham,
Um reflexo exato de tudo que já possuíam.
Lucas G.
Um comentário:
“(…) eu me exalto e me estimulo quando renuncio ao enorme peso de uma lógica implacável. Obrigo-me a girar leve como um pião para aplacar a lucidez e incitar o delírio, para escutar minha intuição.”
é de um livro que eu vou te emprestar, tá?
beijos
Ju
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