segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Alto mar


Não foi pedir,
A sem jornada,
em três ventos.
Disparada.

Fechou os olhos,
Molhado cabelo,
Já sem medo
ao mar confuso.

Do bote pequeno
Junto ia saudade
Dos aqueles.
Fotografia enlaça aquarela.
E a lágrima caía,
Nem se via.
Gota encarcerada
- chamada do mar.

De longe, avistou estórias.
De lá, recomeços.
Mais uma vez,
Olhos fechados.
E música de horizonte,
Desejo candente e nunca mais
Pra trás olhou.
Fugiu no azul de mar confuso,
Com uma folha amassada no bolso,
Lembrança do tempo de terra que habitou.

Segredo guardado por sol e
Linha fina de mar.
Poucos sabem,
Fincou-se em peixes,
Sombras e estrelas.
E nunca mais voltou.


Lucas G.

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