sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Desconhecido conhecer

Reconhecido está,
De um jeito desconhecido
Do aquilo
Que sempre se achava,
Mas nunca se era.

Teatro e aplausos,
Mágico de facetas e o às de copas
Em punho.
Apresentação de circo com
O de dentro.
Baderna, murmúrio...
Desapego em dança.

Aquela não era a pessoa que
, um dia,
Olhos viram,
Refletiram – credo,
Afeto.
Olhos fechados em amor.

Fins de semana virão,
Anos passarão,
Dias , horas
E aqueles minutos de sangue.
Mar e lua, conexos naquele instante,
Um refletindo o outro e a
Intensa vontade do não esquecer.
O lembrar daquela primeira pessoa,
Que hoje some.
Também em dias, em horas,
Em braços de outros.

Vulto, cócegas, vago.
Em pó de borracha, permaneço.
Já não se faz idéia o quão fundo a marca fica,
Em silêncio,
escondida nos sorrisos e no reverter
daqueles sonhos.

A marca és segredo,
Sangra em angústia,
Reluzindo as maiores fraquezas e inseguranças.

Ao fim, certo algo fica.
Não era aquela pessoa que havia marcado,
Se sonhado,
Traduzido ou lacrimejado.
Um alguém desconhecia,
Disforme,
Perdido. Vão...
Em inconstância e pequenas doses de felicidade.
Pois assim seja,
Passo à metáfora,
Ao não dito,
Ao evitado.
Passo a esquecer,
Sou esquecido,
Na mais forte memória:
O não dito,
Aquele sempre calado.

Feliz seja,
Em seus toques pelo mundo,
Sem nunca ter provado gosto de terra,
Carinho de rio,
Ou marola de mar.
Sem nunca,
Em não toques,
Evita-se,
Um brinde à ti,
para sempre.

Lucas Galati

Nenhum comentário: