quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Depois daquele show

Nascer predestinado. Não sei de que forma... Gostar de ver sangue, ser afinado, desenhar como ninguém, mas não aqueles mangás da cabeça grande e olhos vesgos. Desenho mesmo, daqueles que se pode até brincar com as cores , de novas proporções, em manchas ou retilíneo.
Nascer com a certeza de uma profissão, um bom discurso, círculos perfeitos. Vontade mesmo? O ser reconhecido em todo dia, saber que se tem talento, ver as pessoas te invejando, e ter algo tão seu.
Um dia de show, platéia lotada...Querem te ver. Querem que mostre aquilo que nasceu contigo, querem a progressão, pois a voz acompanha o canto; o pincel, a sensação e o sangue, recupera a vida.
Sair com a certeza de que valeu a pena, pois gritaram seu nome, de uma lágrima ter escorrido com aquele abraço e , logo depois, ouvir o tímido: Obrigado; de se ter marcado a história com um pedaço de pano e uma idéia.
Uma completude que desabrocha e finca bandeira ao chão. Sim , esse é meu nome. O eterno frio na barriga e a esperança de que tudo aquilo continue.
Se não pra sempre, pelo tempo que for. Segundos ou semanas, de um reconhecimento do não atravessar de rua, das buzinadas, de poder tacar um óculos para uma multidão, que antes, chorava com as palavras que você dizia.
Talento que for... Admitido, por si só. Excelência em degustar vinhos ou virar shots de vodca, um beck bem bolado, persuadir bem as pessoas, não engolir cara feia, admitir as quedas.
Não maiores ou menores.Predestinações somente.
Mas,por apenas um dia, sentir o peito inflar e poder dizer com gosto:Mandei bem!

Lucas Galati

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