Pois quando sofro, regurgito verbos.
Não ataco, colho flores e olho céu.
Do todo pequeno, cresci de recortes.
Sou partes,
sou apenas, contudos e entatos.
Não faço sentido,
eu blasfemo.
Finjo não olhar,
e no escuro, escorro vermelho.
E se te falta,
sonho o toque,
recolho-me,
ululo e
prometo preencher suas ranhuras,
reescrever seus parágrafos.
Arrancar sorrisos. Nunca meus.
E se te choro,
afago cartas em copos de pinga,
recolho véus
e gasto aquarelas.
E se te minto,
faço por não ter noites a pensar,
faço incompreendido,
faço pelo prazer de desconfiar,
faço por poesias e redundâncias.
Meu hedonismo, sua juventude.
E se te corto,
abro um caderno velho
e escrevo que o melhor amor é aquele que nunca existiu.
E se te tenho...
Lucas G.
Um comentário:
já li dez vezes esse texto...ele fala por muita gente, lu!
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