quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vermelho (ou Dizeres)

E você quis as palavras,
você silenciava,
e sonhava.
Sempre em noites de verão.

E então te disseram que seria,
e você acreditava.
Gostoso sabor de verdade,
a espera contida,
como presente de Noel -
minhas unhas estavam ao chão.

Capcioso regalo,
mistura sádica
que não existindo, se justificou.
Me fiz presente,
coloquei pedidos em caixas secretas e
me protegi em cobertores.

Meus contos noturnos,
aquela última peça,
quebrado completo
da grandeza de um não ter
gostoso de sentir.

A despedida implodiu,
conheci o silêncio e tive medo.
Disseram que chorei.

Dos sorrisos, a imaculada certeza de um prazer juvenil.
Do retrato, nostalgia e provocações.
A pureza rasgando o peito,
e dali,
fui em frente
e olhar para trás, relembra vermelho.
Vermelho amor.
Vermelho sangue.

Disseram que chorei.

Lucas Galati

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