E bem de tardinha,
alguns me disseram
que ali estaria.
Disseram que
estaria de verde,
eu queria você de azul.
Em juízo de segredos,
contaram que debaixo do braço ,
trazia escritos.
E que todos tinham meu nome.
Afirmaram que o papel tinha cheiro
de areia e de mar.
Relembrava antigos segundos
daquela praia que jamais dividiu.
Aglutinando.
Escritos azuis, verdes e rubros.
Escritos extensos,
Palavras minhas.
A tarde em noite fria,
o vento soprava a criação
de um alguém que nunca chegou perto de ter escritos.
Do menino que inventou estória de começo , meio e fim.
Ainda não sabia muito como dizer,
nem se alguma dia o faria.
Só sei que vieram muitas manhãs.
Veio o lusco fusco e o esfriar da noite.
Até que ficou entendido que aquele conto não
passaria de cores, suspiros e lembranças não escritas.
Passa o vento e remove chão...
Lucas G.
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