quarta-feira, 29 de julho de 2009

Passado vivo, estória de morro

A casa do toque da mulher. O toque a cada canto. O canto e uma estória. Um enredo de tantos cantos. Dos finais incertos. Um tecido; uma miscelânea regada a café com leite e queijo meio cura.
Lá, era o amor exalando dos tecidos. De móveis pensados, da vista do morro - Alto, grande e deles. A casa- memória pulsava em lágrimas discretas da senhora sentada no banco de madeira no fundo da praça. A senhora esquecida engolfada nas memórias da mulher querida. Da mulher de um só toque. Toque que as palavras não descreviam. De lágrimas que caíam.
Passado. E lágrima vivida. Era sentimento da nascente. Uma dor de dentro do peito. Dor funda. Saudade do que já não se tinha.
Hoje, ela acoberta o morro, esteia sol. Contadora de estórias protege o cerrado e vive em cada ladrinho daquele lugar entre Corinto e Curvelo.

Lucas G.

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