E assim disse – sem rodeios.
Cravando no silêncio daqueles dois corpos,
Uma negação.
Com silhuetas daquelas palavras já tão afirmadas.
Aquelas do começo.
Os pés chafurdados em terra,
Margeando o limiar de um barranco,
- Minha clivagem mal resolvida,
Uma dança rarefeita,
Dos sem timbres.
Dança rouca e
nua.
Ritmada, mas sem o sabor daqueles sustenidos.
À frente aquela reconfortante porta aberta,
De todos os dias,
A maçaneta com apenas um parafuso,
A madeira, já com farpas,
O barulho conhecido
E a porta nunca fechada.
O humano teme.
O humano chora.
Ele nega, não adentra, muito menos, pula.
Ao barro, fincou-se. De tal forma,
Que o esbofeteio, de certo, seria pior.
E foi...
Veio com a força daquilo mais sonhado,
Com a incredulidade de uma atitude leviana.
Um cuspir gélido na cara daquele que errou em querer acreditar.
Uma porta aberta nas antigas
- Aquela lembrança que não pode sair do retrato;
Um pulo evitado às cegas;
- Seu choro e minha inanição.
Meus desejos, sua completude.
Uma fissura e seu sexo.
Meus orgasmos, seus pudores.
Lucas G.
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