domingo, 26 de abril de 2009

Pulo

E se fez o instante junto ao som daquela última palavra pronunciada.
Aos berros, o tempo e a arritmia, os impulsos absorvidos em uma direção oposta,
Preconizavam uma normalidade fatalmente anormal – vista ao longe e entendida por batidas e securas, por enclaves e fissuras. Por não haver aonde se equilibrar.

Entender, ação vislumbrada em trajetos arrogantes de um alguém , que pelo visto, queria apenas o diferente. E o teve.
Porém, a inconstância só aumentou e o menino já não sabia a diferença entre tristeza e felicidade. Transitando na especificidade da palavra vinda de sua língua e só. Saudades.
Quantas saudades.
Os cacoetes do relógio trouxeram junto lástimas, mudanças e incertezas. E elas não param, aquele monte de areia queria apenas ser destoado por outra tonalidade, ter o cheiro de um outro corpo, poder contar estórias.
Mas o vento esbravejara em distintas direções e já não se sabe onde os grãos daquele mesmo monte, hoje, adormecem.
Quem sabe, em sonhos.
Em verborragias,
Talvez, em apaixonantes estrofes de um velho poeta.

Lucas G.

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